domingo, 31 de julho de 2011

Eu sou burro

O medo do ridículo é uma das coisas que mais impede os cristãos de agirem como cristãos. Em particular, o medo de que os outros saibam que cremos nas coisas que cremos. Medo de que descubram que nossa visão de mundo é completamente diferente do que os outros ensinam. Alguns tentam apaziguar os intelectuais elaborando teorias de interpretação Bíblica que estejam de acordo com uma descrição científica da criação. Eu entendo a tentativa, desde que se respeite o texto Bíblico. Mas, sejamos francos, estas idéias nunca serão aceitas no meio acadêmico e você nunca vai ser respeitado intelectualmente por causa disso, a menos que negue tudo o que a Bíblia afirma a respeito de milagres.

Por exemplo, pode-se defender que a idéia de que a Terra é mais antiga do que 6.000 anos não é incompatível com a Bíblia, como discutimos em um post passado. O principal argumento para isto é encontrado na própria Bíblia, comparando Gênesis 1 com Gênesis 2. Argumentos observacionais (científicos) entram como complemento. No entanto, isto não irá impressionar os incrédulos e nossa autoridade final ainda é a Bíblia. Eu ainda acredito em milagres, no jardim do Éden, em uma serpente falante, no dilúvio, na torre de Babel, no dia longo de Josué, Jonas e o peixe, Deus nascendo de uma virgem, na ressurreição, no arrebatamento da igreja e na segunda vinda, Maranatha! (eu ouvi alguém dizendo "amém"?).

Existem poucas coisas mais patéticas do que um cristão gaguejando para tentar esconder que acredita em tudo isto só para parecer mais inteligente perante os homens sem Deus. De certa maneira, é pior do que aquele que realmente não acredita, pois ele pelo menos é sincero. Eu não sei explicar como aconteceram as coisas que a Bíblia descreve, mas sei que aconteceram. É verdade que devemos ter cautela antes de ensinarmos ciência baseada no Texto Sagrado, pois a Bíblia não se comunica conosco em linguagem científica, como discutimos em outro post. Mas não negamos a veracidade dos acontecimentos e o tempo costuma atestar a precisão dos relatos Bíblicos por meio da arqueologia.

Aquele que confia na Palavra de Deus não será confundido. Sua fé será honrada, nem que seja no dia da revelação da glória de Jesus:

I Pe 1:7 - "para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo;"

Lembre-se do que Jesus disse a Tomé:

Jo 20:29 - "Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram."

E lembre-se de que os sábios da época debocharam de Paulo no areópago em Atenas.

At 17:32 - "Mas quando ouviram falar em ressurreição de mortos, uns escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos ainda outra vez."

Não negamos os benefícios trazidos pela ciência e somos grandemente devedores aos esforços de cientistas que investiram suas vidas para melhorar a nossa qualidade de vida e trazer respostas sobre o desconhecido, mas os sábios deste mundo se enganam quando se voltam contra Deus e Sua Palavra. Como disse Paulo:

I Co 1:18-20,26 - "Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o questionador deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?... Ora, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos. nem muitos os nobres que são chamados."

I Co 3:18-20 - "Ninguém engane a si mesmo; se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para se tornar sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia; e outra vez: O Senhor conhece as cogitações dos sábios, que são vãs."

E nós ainda queremos impressionar estes caras com nossa teologia?