sábado, 25 de junho de 2011

Evolução


Dizem que geneticamente o ser humano é 97% igual ao macaco (chimpanzé? Gorila?). Olhando bem, não parece. Não entendo nada de genética nem de biologia, mas parece evidente que existe algo além dos genes que diferencia humanos de animais. Como não entendo nada deste assunto, não vou me estender neste post. Nunca li “A origem das espécies” nem “A caixa preta de Darwin”. Ainda que haja certa forma de evolução no reino animal, não acredito que os humanos evoluíram dos primatas porque, falando como leigo, a teoria me parece, na ausência de intervenções divinas, incapaz de explicar porque somos tão diferentes de todos os animais. Não preciso nem me delongar nesta parte, afinal, fomos nós que mandamos um macaco pro espaço e não vice-versa (tudo bem, concordo que fui leviano neste comentário). Em segundo lugar, a Bíblia diz que Deus formou o homem à sua imagem e semelhança, do pó da terra. Alguns teólogos que acreditam em evolução acham que Deus usou um macaco como protótipo. Porém, só porque a matéria prima é a mesma e a estrutura física/genética é parecida não implica necessariamente em evolução. Afinal, os seres celestiais se parecem conosco e não me consta que tenha havido evolução no céu (isso foi uma piada sem graça). Mas, seja como for que se creia que Deus criou o corpo do homem, a maior diferença certamente está na parte espiritual. Somente o homem cultua seu Criador. E existe uma explicação Bíblica para isto.

Gênesis 2:19 diz que todos os animais foram formados do pó da terra e todos são chamados de alma vivente (“nephesh”, no hebraico). A respeito do homem, Gn 2:7 também diz que este foi feito alma vivente (“nephesh”). Além disso, o mesmo verso diz que Deus soprou em suas narinas o “fôlego da vida” (“neshamah” = fôlego, espírito). Os animais também têm um fôlego, mas existe alguma diferença entre a alma vivente dos animais e o espírito humano. Creio que é isto que faz com que sejamos a imagem de Deus. Somos uma criação à parte. Depois da formação do homem, Deus parou com seus atos de “criação especial” e deixou a natureza correr seu curso natural, que é a forma como eu entendo que ele “descansou” no sétimo dia da criação. Não significa que Ele não opere milagres ainda hoje, mas que Ele não cria nenhuma outra espécie da forma como criou no princípio. As novas espécies aparecem hoje por processos puramente naturais.

O que dizer dos fósseis de hominídeos? Australopitecus, homo erectus, neanderthal, cro-magno, etc.? Podemos separar 3 diferentes explicações dos Cristãos para tais fósseis:

1 – Posição naturalista e evolução teísta: afirmam que os fósseis provam a teoria da evolução, portanto, o homem evoluiu dos primatas. Alguns acham que não existe espírito, somos apenas corpo evoluído e energia. Outros acham que em algum momento no processo evolutivo, Deus colocou o espírito no homem. É como se Adão acordasse um dia, olhasse pra sua mãe e dissesse: “quem é essa macaca?” Alguns acham que o homem (homo sapiens) teria aparecido há uns 150 ou 200 mil anos atrás, baseado na datação dos fósseis por métodos de decaimento radiativo (ex. Dr. Hugh Ross, do Reasons do Believe). Outros preferem ficar com a cronologia Bíblica pós-Adão e creem que o homem apareceu há aproximadamente 6000 anos. Qualquer outro hominídeo que houve antes disso não era um homem (não tinha um espírito humano), por mais evoluído que fosse (ex. Dr. Gerald Schroeder, PhD MIT).

2 – Outra posição acredita que nenhum dos primatas antigos foi ancestral do homem. Eles eram apenas animais que foram extintos com o tempo. O homem foi criado de maneira especial por Deus e colocado em um paraíso na terra chamado Éden há 6000 anos atrás. As pinturas antigas, atribuídas a homens das cavernas, teriam sido feitas por descendentes de Adão após a queda. Os que defendem esta teoria argumentam que a datação de fósseis e artefatos reconhecidamente humanos com mais de 10000 anos está errada.

3 – A terceira posição argumenta que todos os fósseis (dinossauros, primatas e humanos) têm menos de 10000 anos e a datação científica de todos eles está errada. A terra é nova e, portanto, estes primatas não têm nada a ver com o homem e se extinguiram no dilúvio na época de Noé.

Eu me identifico mais com a segunda posição acima, mas não me considero apto para discutir a parte científica deste assunto.

Pra terminar, uma curiosidade. Você já deve ter visto algum quadro semelhante à figura abaixo:


Esta figura mostra alguns dos estágios da suposta evolução do homem, como se fosse sua árvore genealógica. Se algum dia você tiver a oportunidade de visitar o Museu de História Natural de Londres, vá até a seção de fósseis de hominídeos. Eles estão todos lá. Na vitrine dos crânios você vai ver uma placa com os dizeres: “Relatives? Yes. Ancestors? No”, traduzindo, “Parentes? Sim. Ancestrais? Não”. O que isto significa? Significa que a figura acima está errada até mesmo para biólogos não-cristãos e os livros de escola precisam ser atualizados. Os biólogos não acham mais que o homem evoluiu a partir do australopitecus, homo erectus, neanderthal ou qualquer outro destes. Eles acham que o homo sapiens e estes outros hominídeos devem possuir um ancestral comum em algum lugar no passado, mas este ancestral ainda não foi encontrado. É o chamado “elo perdido” (se tiver algum biólogo lendo isto e achar que eu estou falando besteira, pode me corrigir. Estou apenas repassando a informação que peguei diretamente num poster no museu de Londres). Até 2009 o candidato mais provável para elo perdido era o sujeitinho abaixo, Darwinius masillae, um macaquinho com alguns centímetros de altura e cauda longa, que parece ter vivido há algumas dezenas de milhões de anos. Também está no mesmo museu.

 
 p. s.  Uma atualização das informações finais deste post, incluindo recentes descobertas publicadas na Nature, pode ser encontrada no post Evolução II.